terça-feira, 25 de junho de 2013

Meu corpo, minhas regras!

           O processo de composição de minha cena individual partiu da necessidade de mais elementos de avaliação para meus professores, pois perdi a data do trabalho em grupo.
            O assunto seria o mesmo (masculino e feminino). Pensei; e agora como resolver um trabalho que fora pensado por 6 pessoas, somente com meu ser; eu? Após, refletir sobre diversas formas de materializar o tema. Optei por expressar minha vida e agir como um performer; ao fundir a dança com o teatro.
            Logo, pus todas minhas ideias em um pequeno roteiro e a partir desse esboço percebi que poderia somar os materiais coreográficos produzidos por mim em aula e criar as conexões com o tema. Após, busquei compreender de que forma a questão de gênero dialoga com minha existência, rapidamente desvendei o caminho a trilhar.
            No trabalho que apresentei no dia 24 de junho; falei sobre meu ser enquanto alma em um corpo masculino; atribuído a ordens e padrões de comportamento dirigidos ao homem. Todavia, como indivíduo não respeito tal regra, pois desde muito cedo percebo que sou homossexual e tive durante toda infância e adolescência conviver com esse preconceito e distinção, por aparentar muitas vezes um comportamento feminino e ter apreço por elementos da ordem oposta a meu gênero sexual. Hoje, eu sei que distribuo amor de uma forma distinta.
            A cena apresentara a desconstrução do ser envolto em sua energia considerada masculina (o homem macho); para libertar a feminilidade- ou liberdade- de ser o que se deseja ser, mesmo que quebre padrões sociais. 
            Ao despir de meu corpo roupas do vestuário masculino ia sendo revelado uma leve saia feminina e dizeres em minhas costas que reverenciavam ao poder de escolha do ser humano em sua vida.  Terminei o experimento sentado aos pés do rio Tejo.

                                                                         

                                                                                                         

domingo, 26 de maio de 2013

Minha última participação na aula

No dia 14 de maio, conseguimos ensaiar o esboço inteiro do que será a apresentação. Pela primeira vez, visualizamos que nossa ideia alcançou algum lugar. Todavia, ainda existem detalhes a trabalhar, mas o importe é que o tema está presente em todas as cenas. 

domingo, 12 de maio de 2013

O processo


Após, criarmos o que chamamos de cena três- a masculinização do movimento- colaborei com a próxima cena, idealizada por Priscila. Nesse excerto deveremos discutir a fusão entre os dois sexos; um espaço em que essa divisão não exista mais.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Composição para o grupo



Nos dias 3 e 6 de maio concentrei-me na construção da cena que será de minha responsabilidade no trabalho final da disciplina. A concepção da cena centraliza-se em expressar em uma sequência de dança contemporânea as relações do homem ligado à terra, que utiliza o espaço em que vive como meio de sobrevivência e luta pelos seus ideais. A presença do instinto masculino é o que estou a buscar para os movimentos. 

Construção do guião


Nos dias 15,16 e 19 de abril, nosso objetivo foi tratar de estruturar ideias para falarmos do tema MASCULINO-FEMINO. Surgiram diversas propostas, mas o foco de nossa atenção fixou-se em discutir como que essa separação está cada vez menos aparente em nosso cotidiano ocidental. Porém, queremos tratar os espaços que a mulher trilhou para conquistar a visibilidade que tem hoje. 

Livres



             No dia 12 de abril, tivemos aula de contato improvisação. As premissas da aula foram o jogo de espelhos, em que os grupos deveriam seguir um guia por todo espaço. 
            Em seguida, nos encaminhamos para a execução de passos de contato improvisação. Nesse dia, trabalhei com uma colega que me proporcionará uma nova perspectiva de meu corpo; ao liberar as tensões corporais pude utilizar minha partner como instrumento de sustentação de meu peso. Assim, livrei-me, por momentos do medo que habitara meu ser durante muitas aulas.

Gulbenkian



            Na manhã do dia 8 de abril, nos encontramos nos jardins do centro cultural Gulbenkian. O espaço repleto de arvores remeteu-me a floresta e de fato o é, um recanto do verde no coração da arquitetura moderna do bairro. Os patos viviam tranquilamente nos lagos artificiais e ali traçavam mais um dia de sua existência, assim como nós.
            Os exercícios propostos no dia concentraram-se em engrenagens grupais, experimentação do corpo no espaço e o trabalho com as qualidades do movimento.
            O fato de estarmos em um lugar que transmitia tanta liberdade e tranqüilidade dificultou-me a execução das atividades. Encontrei-me tão envolvido com o espaço natural,que logo minha mente viajou por diversos espaços, criando relações particulares com as atividades daquele dia. No entanto, não deixei de prestar atenção nos enunciados proferidos pela professora.        
            Por fim, sai desse encontro com a sensação de não ter aproveitado o máximo do jogo entre os colegas. Entretanto, foi especial habitar por algumas horas aqueles jardins.